ARTE, CULTURA E AUTOCONHECIMENTO PARA MELHOR QUALIDADE DE VIDA
VENCENDO O PRECONCEITO
29/03/2016 14:00
Por Cátia Garcez
O preconceito é algo sorrateiro que se não formos vigilantes passaremos a vida inteira sem perceber que somos uma máquina discriminatória. Todos os nosso sentidos estão contaminados pelas informações que recebemos sobre o que é legal, de direito, estético e dentro da normalidade por isso estranhamos os cabelos, as roupas, o comportamento, a classe social, a cor, a tatuagem. Basta ser diferente e algo em nós nos alerta, como se o outro nos ameaçasse por não ser “um igual”. A vigilância é uma consequência do desenvolvimento do senso crítico que pode se desencadear ou pelo amor ou pelo conhecimento.
O amor, esse sentimento que está mais relacionado com a emoção do que com a razão, no chega a todo instante, se assim nos abrirmos para amar. Quando amamos, o preconceito cai por terra e nos percebemos defensores da igualdade. A máxima de que todos e todas possuem os mesmos direitos e por isso são iguais, passa a ser o nosso lema, porque amamos! No entanto, nosso discurso fica restrito àqueles que amamos e nos tornamos amantes do egoísmo, do oportunismo e da conveniência.
Já o conhecimento, está relacionado ao interesse de conhecer sobre algo, de modo que, quanto mais sabemos sobre algo, mais difícil fica nos mantermos indiferentes. Podemos adquirir conhecimento assistindo filmes, lendo livros, jornais, revistas, em fim tendo acesso a todo tipo de informação. Quando escrevo aqui “todo tipo”, é porque considero que a única forma de desenvolvermos o senso crítico é acessando informações do mesmo assunto, através de vários veículos de comunicação e principalmente de vários pontos de vistas. Conhecer o passado, o que já disseram sobre os fatos atuais, estudar a nossa história, compreender as influencias que a cultura de um povo pode ter sobre a forma como esse povo pensa e age em determinada situação é fator preponderante para não ser disseminador do preconceito. Dessa forma, concordar ou não é irrelevante, visto que, o que mais importa é a compreensão de fato do que se esta sendo abordado.
Por isso, insisto em afirmar que o preconceito vem da falta de amor e da ignorância, instalado pela formação equivocada e respaldada na hierarquia de poderes, nas relações de opressão entre as raças, o credo e as classes sociais. Quando amamos, nos rebelamos contra a opressão e contra a discriminação com que o ser amado recebe da sociedade. Quando adquirimos conhecimento e desenvolvemos o senso crítico, nos rebelamos contra as leis e contra o preconceito e então nos tornamos agentes de transformação social. No final, o que importa mesmo é mudarmos para melhor e neste e em todos os casos, melhor é viver sem preconceito.
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