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Língua de Trapo

02/11/2012 16:35

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Cátia Garcez
 
Às vezes escuto umas vozes que me dizem para eu ficar quieta, mas não consigo. Passei a minha vida toda identificando no olhar das pessoas, a intenção de me fazer calar. Não é fácil a vida da “problemática”, da “criadora de caso”, mas fazer o que, se esta e a minha sina (se estivesse numa página social na internet certamente repetiria várias vezes a letra k para demonstrar meu riso neste momento).
 
O fato é que não consigo mais assistir as mudanças que estão ocorrendo no município desde a divulgação do resultado das eleições de sete de outubro de 2012. Para começar gostaria, antes de qualquer coisa lembrar que o tema dessa gestão que finda é: “Cuidando das pessoas e da cidade”. A prefeita durante esses dois mandatos concluía sempre os seus discursos sempre com um chavão que reforçava o lema de seu governo: “Amo São Sebastião e boto fé”. Ama nada! Cuidou nada!
 
Diariamente ficamos sabendo de mais uma ação de repressão e vingança contra "os traidores” entendidos aqui como eleitores de Janser Mesquita. Muito dinheiro público foi gasto durante esses últimos sete anos com pagamentos de alugueis de prédios e casas particulares para instalar órgãos públicos sob a alegação de que a prefeitura não tem espaços para tal, mesmo com o mercado municipal, o antigo prédio da Escola Doze de outubro entregues ao abandono.
 
Agora, resolveram mandar a secretaria de agricultura para o centro de abastecimento, fechar o Núcleo de apóio a mulher, acabar com as atividades da SECRES entre outras ações quer tem finalidade de punir o locador e por tabela, todos os usuários dos serviços antes oferecidos gratuitamente.
 
O baba nas quadras, as atividades físicas e recreativas, esporte para a comunidade e até a caminhada no Estádio Antonio Pena, tudo suspenso... proibido...todo mundo de castigo porque não votou em quem a atual prefeita queria... Atitude mesquinha, perversa, mercenária e vingativa.
 
E alguns ainda me diriam: “Qualquer um no lugar de prefeito derrotado faria o mesmo!”. Certamente qualquer um que não tenha aprendido que “o poder” é algo provisório. Acredito inclusive que o poder nos é dado para que caiamos em tentação e depois de perdê-lo percebamos o qual estúpido podemos ser. Mas vale sempre a experiência.
 
Político tem cada mania: como podem achar que porque uma pessoa aluga um imóvel para ele tem obrigação de ser seu cabo eleitoral? A não ser que o contrato de locação seja arbitrário, mas nesse caso não seria traição, mas sim crime. – O que? As vozes novamente mandando calar... Vida dura essa de “língua de trapo”!

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